17 de outubro de 2013

Fundo do petróleo da Noruega se volta para energia renovável

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Os possíveis planos de investimentos volumosos em projetos de energia renovável, do novo governo da Noruega, estão sendo vistos como uma iniciativa importante no combate à mudança do clima.
“Caso o país realmente faça isto, será uma virada significativa na comunidade global de investimentos e também para uma ação tangível sobre a mudança do clima”, diz Samantha Smith, chefe do clima global e iniciativas energéticas do WWF.
A Noruega tem mais de U$ 750 bilhões em um fundo soberano, uma grande quantia para um país com cinco milhões de habitantes, cuja população já é uma das mais ricas do mundo.
Está sendo formada no país uma coalizão de centro-direita, desde as eleições de setembro. O novo governo, chefiado pela líder do Partido Conservador, Erna Solberg, propôs recentemente o uso de recursos do fundo soberano – o maior do mundo – para investimento em empresas sustentáveis em países em desenvolvimento, e também para fazer investimentos substanciais em energia renovável.
A medida está sendo apoiada pelos maiores fundos de pensão noruegueses, assim como por grupos religiosos, ONGs e outras organizações. “Este dinheiro pode mudar o mundo”, destaca Nina Jensen, diretora do WWF-Norway.
Essa organização quer que a Noruega aloque 5% do fundo para investimentos diretos em infraestrutura e projetos de energia renovável – e pare seus investimentos em carvão e areias betuminosas.
O fundo, conhecido oficialmente como Fundo de Pensão Global do Governo da Noruega – que até 2006 era chamado de Fundo de Petróleo da Noruega -, foi formado em 1990 e recebe dinheiro de impostos sobre o importante setor de petróleo e gás do país.
O fundo tem influência considerável em mercados financeiros no mundo, e sua ação pode levar outros a seguir o mesmo caminho. Importantes fundos de investimento da Europa já estão no setor de renováveis, como alguns da Dinamarca e Holanda.
Hoje, a Noruega é o maior apoiador de iniciativas de redução de emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD) no planeta. Somente no Fundo Amazônia – gerido pelo BNDES – o compromisso de doações desse país supera US$ 1 bilhão de dólares.

Foto:(nz)dave/Creative Commons
Fonte: Planeta Sustentável

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