26 de janeiro de 2012

Ministério da Saúde Altera portaria acerca da potabilidade da água


Foi com muita honra que recebemos um e-mail da Mestre Weruska Brasileiro, que foi professora do nosso curso nos anos de 2009 e 2010, a cerca da PORTARIA 2914/11 do MS, que sofreu algumas mudanças acerca da potabilidade da água para consumo humano.



Segue comentários sobre a recente Portaria:



"Com a leitura rápida que fiz, percebi as mudanças e achei-as bastante elaboradas e com critérios técnicos muito apurados, como por exemplo, o tempo de contato para desinfecção dependerá do oxidante, da temperatura e do pH, achei ótimo, so que é difícil dimensionar as unidades com esta variação toda.

Outra mudança, foi a introdução dos haloacéticos, como subprodutos da desinfecção. Mas, a concentração dos THM totais permanecem a mesma, pensei que iria acompanhar os padrões europeus de 60µg/ml. Talvez, a manutenção do padrão se deva a incerteza cientifica sobre a potencialidade cancerigena do THM.
Outra modificação, foi o padrão da turbidez na saída da ETA para 0,5UT(antes de 1,0UT), as empresas de saneamento irão ter muitas dificuldades. Mas, é o certo para garantir a remoção dos protozoários. Esta nova Portaria na minha opinião valorizou bastante os padrões microbiológicos, saiu da esfera apenas bacteriológico (coliformes totais, E. Coli e heterotróficas) pois agora , passou a exigir com obrigatoriedade o controle de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp, com recomendação apenas para pesquisa de enterovírus.Com relação ao controle dos mananciais não será apenas no número de células de cianobactérias. Deverá ser realizada a contagem de E. coli e caso ultrapasse a 1000 cel/ml tem-se que fazer a pesquisa de cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp, e este controle deve ser realizado mensalmente. MUITO BOM!!! Ainda com relação as características microbiológicas, o número de ocistos vai indicar o padrão Maximo de turbidez, caso no manancial superficial ultrapasse a 3,0 oocistos/L (oocistos de Cryptosporidium) a turbidez da água filtrada deve ser no Maximo de 0, 3UT, padrão esse igual ao CANADA. Ainda abre espaço para desinfecção com ozônio e ultravioleta, mas que se mantenha o residual mínimo de cloro livre na rede distribuição.

E o dióxido de cloro tb é citado como desinfectante não ficando restrito apenas ao cloro como era na Portaria 518.Outra novidade foi com relação ao padrão de Fe e Mn, caso os mesmo estejam complexados admite-se valores superiores a 0,2mg/L e 0,3mg/L respectivamente desde que não ultrapasse a 2,4 a 0,4 mg/L.Lembrando que para complexar estes metais é muito utilizado o poliortofosfato de sódio, porem concentrações elevadas podem trazer malefícios para a saúde humana.Com relação aos agrotóxicos foram removidos seis e acrescentados mais oitos inclusive os da classe carbamatos e a introdução do herbicida DIURON presente em muitas águas utilizadas para consumo humano.

Para as Cianotoxinas agora é obrigatório o controle de saxitoxinas que antes era apenas recomendação,que tinha obrigação apenas com microcistinas.Para os demais parâmetros foram introduzidos o níquel e urânio. ótima conduta na introdução do níquel pois, o mesmo podem combinar com cianeto formando substâncias de alta toxicidade. Além, dos sais de níquel serem altamente solúvel em água.Também foi acrescentado o pentaclorofenol muito presente nos efluentes nas refinarias de petróleo.

Alguns DE foram introduzidos como o próprio pentaclorofenol, Di( 2-etilhexil) ftalato e as concentrações do estireno baixou de 0,2mg/L para0,09mg/L e concentração de tricloreteno de carbono de 0,7mg/L para 0,2mg/L.



Colaboração(e nossos agradecimento à): Mestre Werusca Brasileiro

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